quarta-feira, 6 de julho de 2011

Sonetos

Soneto da esperança


Ultimamente tenho pensado em você
Tenho pensado em você constantemente
Constantemente; penso, vivo por você
Vivo, ultimamente, pensando em você

Pensando em você, construo minha paixão
Construo: amor, armadilha, ar, água, fogo!
Fogo! O meu corpo queima como se fosse
Fogo: é amar, é sonhar, é desejar e tê-Ia!

Amar, amei! Sonhar, sonhei! Desejar, foi!
Foi o que mais fiz! Realizar! Não, realizeil!l
Realizarei!!!? Não sei! Não saberei. Saberei?

Realizarei! Realizá-Ic-ei segundo você
Segundos, horas, tudo é constante!!!
Segundo você, viveremos eternamente!


O teu beijo



Por que te quero? Será a distância?
Será por que não posso tocá-Ia!!!?
Acariciá-Ia, amá-Ia, penetrá-Ia, ou .. .?
Quem sabe porque a amo, ou amarei!

São tantos motivos. Mas por que esse amor!?
É amor, é falta de amor, é solidão, não é???
Então, o que é? Não sei dizer! Talvez seja,
Seja talvez o amor! O aroma do teu beijo que ficou!

Que ficou presente em minha memória
Nem mesmo a distância por mais cruel, malvada
Não conseguiu destruir o sabor do teu beijo

Nem o tempo conseguiu apagar da memória
O teu beijo, o teu sorriso, o teu olhar, o teu beijo
O teu beijo! És o mais provável. Doce! Úmido!

Soneto do pelejo


Não sei o acontece no teu coração
Ou o que acalanta o fundo d’alma
Conquistar-te exige da minha ação
Mas me pede paciência e c-a-l-ma

Por que profundo rio de amargura
Se amor à ferida d’alma é ablução
Tentar evadir o axioma não é cura
A um vulcão que é mais explosão

Titubear aos enigmas é fácil saída
São tranças que tentamos conduzir
Se mais simples é o decurso da vida

Curvar-se ao repto sem mais pelejar
Significa asilar a vida em combustão
Ao acaso de um cortejo sem sonhar


Soneto pronto-e-ponto


Diz-me qual o ponto que a pontua
Ponto agudo que eu possa pontuar
Meu ponto procura teu ponto nu
No ponto das estrelas dum pontuar

Diz-me qual o ponto que a agrada
A ponto de’um sorriso neonuclear
Meu ponto procura teu ponto azul
Na neblina ardente do teu cativar!

Diz-me neste instante o ponto nu
No ponto que eu preciso pontuar
Meio ponto não é meio de adorar!

Digo-te o ponto do meu ponto!
Quanto ponto teu corpo nu ilustra
Minha musa! Um ponto AtÉnuAr!


Soneto de nós em nós dois


Sabe musa de minha doce tela
Não sei mais viver sem te ver
Desejo-a toda formosa e bela
Aquiescendo luz do meu viver

Como se fosse lua procuro luar
Na tela do computar um retrato
Que me faz à tua presença estar
Sentir o teu corpo frívolo e ato

Quero atar meu corpo ao teu...
Como atas em nós em nós dois
E ninguém não consiga desatar

E atados entrelaçados gamados
Seremos um mesmo sendo dois
Num ato de amor como sóis ato


No ato da brisa de teu beijo


Pensei no ato do tato de tuas mãos
Procurando em mim novas canções
Duma sonata ao Allegretto contato
Em tua boca em meia orquestração

Pensei no ato do tato de teu corpo
Divagando o sorriso de um violão
Duma maré sonolenta a tua ilusão
Em teus seios a magia dum porto

Pensei no ato da brisa de teu beijo
O desejo ardente e louco do amor
Como corpo em chama me chama

Pensei no ato do ato além indeciso
Receio de amar ao amor impreciso
Onde delicioso destino é luz turva

Gerson Lourenço

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